segunda-feira, 13 de junho de 2011

Momento formação3!!!!!!!! "Pregação"



O chamado à pregação

1. A pregação
 
O pregador tem a missão de anunciar a Palavra de Deus. Para compreendermos esse chamado que Nosso Senhor faz a muitos, voltemos nossa atenção às Suas Palavras aos Apóstolos, antes da Sua Gloriosa Ascensão: 

"Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Este milagres acompanharão os que crerem; expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos e ficarão curados."
(Marcos 16, 15-18) 

Os milagres que Nosso Senhor fala aqui tem a função de despertar a fé, e juntamente com outros sinais, tornar a fé compatível com razão. Diz o Catecismo da Igreja Católica (n.156): "Para que o obséquio de nossa fé fosse conforme a razão, Deus quis que os auxílios interiores do Espírito Santo fossem acompanhados das provas exteriores da Sua Revelação, Por isso, os milagres de Cristo e dos santos, as profecias, a propagação e a santidade da Igreja, sua fecundidade e estabilidade constituem sinais certíssima da Revelação, adaptados à inteligência de todos, motivos de credibilidade que mostram que o assentimento de fé não e de modo algum um movimento cego de espírito."
São Paulo acrescenta, nos mostrando a necessidade do anúncio do Santo Evangelho: 

"Se com a tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e creres que Deus o ressuscitou do mortos, serás salvo. (...) Porém, como invocarão aquele em quem não tem fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?" (Romanos 10, 9.14-15) 


Aparentemente, pode parecer que esse chamado de anunciar a Palavra de Deus é dirigido somente à hierarquia da Santa Igreja: ao Papa, aos Bispos, aos Sacerdotes, aos Diáconos...mas isso não corresponde à realidade! O chamado de anunciar à Palavra de Deus é dirigido também aos demais membros da Santa Igreja. O próprio Sagrado Magistério da Igreja se pronunciou sobre isso, no Concílio Vaticano II, quando nos ensina: 

"Cristo, o grande Profeta que, pelo testemunho de sua vida e pela força da sua palavra, proclamou o reino do Pai, cumpre o seu múnus profético até à plena manifestação da glória, não apenas por meio da hierarquia, que ensina em seu nome e com o seu poder, mas também por meio dos leigos, aos quais estabelece suas testemunhas e aos quais dá o sentido da fé e a graça da palavra (cf. At 2,17-18; Ap 19,10), para que façam brilhar a força do Evangelho na vida cotidiana, familiar e social." (Lumen Gentium, n. 35) 

A pregação é um dos elementos importantes para o funcionamento de um grupo de oração (nos moldes que temos muitos hoje), e ocupa um lugar fundamental também em encontros e missões de evangelização.
 
2. O pregador
 
Todos os grandes pregadores da história da Santa Igreja, desde os Santos Apóstolos, passando por tantos Santos Canonizados, até os santos dos nossos dias, tiveram algo em comum: todos eles tiveram um encontro pessoal com Nosso Senhor e O seguiram. Por isso o Espírito Santo pode agir tão poderosamente através deles! 

Essa é uma condição essencial para um pregador: ter a Sua vida entregue nas mãos de Nosso Senhor. Um pregador precisa ter uma vida de oração profunda e vida sacramental constante, participando do Santo Sacrifício da Missa e do Sacramento da Confissão. Precisa também ter adesão completa ao ensinamento do Sagrado Magistério da Igreja; caso contrário, seu lugar não é a pregação, pois estará pregando heresias, ou pregando algo que não crê e não vive. 

Tal chamado exige um despojamento da parte do pregador, pois estará ele muitas vezes se expondo à humilhação e à incompreensão para a anunciar a Palavra de Deus. Mas Nosso Senhor também não agradou a todos. E como nos ensina São Paulo, "nós não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor." (II Cor 4, 5)
 
3. O chamado
 
Como discernir se somos chamados por Nosso Senhor para servir através da pregação? Ordinariamente, leva-se um certo tempo para que um discernimento acurado seja feito. Porém, há três linhas de discernfimento que são importantes que se reflita:

•    Tenho características pessoais importantes que um pregador tenha? Traços como certa desenvoltura no falar, didática ao transmitir um conteúdo, memória, capacidade de improvisação, disposição para ler e estudar, compreensão e assimilação do que se estuda, favorecem em muito este serviço. Em geral, bons pregadores costumam ter algumas dessas características desenvolvidas, algumas mais, outras menos.
•    Quais as moções ou inspirações de Nosso Senhor que tenho percebido em oração à respeito deste discernimento?
• A comunidade confirma que tenho a missão da pregação? A comunidade confirma isso fse percebo Nosso Senhor agindo na vida das pessoas através minha pregação, se sou convidado a pregar novamente em um meio onde já preguei, e assim por diante.
Nenhum desses três elementos traz uma resposta definitiva, nem positiva nem negativa, mas nos dão pistas para o discernimento. 

RCC Brasil.


 
Postado por:
Tamires Vieira
G.O. Vida nova

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