quinta-feira, 9 de junho de 2011

Momento formação 2 !!!!!!!!!!!! Em Clima de Pentecostes.....

 
Texto extraído do livro O CANTO DO ESPÍRITO –
MEDITAÇÕES SOBRE O VENI CREATOR, de Raniero Cantalamessa
 
O Espírito Santo enche nossa solidão
 
A segunda característica do Espírito Santo: mistério de bondade e da suavidade, da condescendência e da familiaridade de Deus, e também mistério de quietude. Em um sermão de Pentecostes, exclama o Papa Inocêncio III:

“Oh, como é doce este Espírito,
Quão agradável, quão suave!
Só o conhece aquele que o provou!”

O que nos diz este segundo modo, “fascinante”, de apresentação do Espírito. Di-lo São Basílio em uma frase simples e estupenda: o Espírito Santo é aquele que cria a “intimidade (oikeiosis) com Deus”.

No ES, Deus passa a ser nosso, nos atrai a si, tira-nos aquele medo e desconforto diante dele, que herdamos de Adão após a culpa. Graças ao ES somos “de casa” em Deus! Eis o que é a intimidade com Deus, sem metáfora nem imaginação humana: Deus em nós e nós em Deus, e tudo graças à presença do Espírito Santo. “Íntimo” é o superlativo de intus, que significa dentro de. 
Por isso, Agostinho pode com razão dizer que Deus “me é mais íntimo do que eu mesmo”, mais presente a mim do que eu mesmo. Não é o local que cria intimidade, mas o amor; e o amor vem do ES.
Daqui podemos tirar, também, uma conseqüência prática. O ES é a resposta e o remédio para nossa solidão, a outra grande e universal causa de sofrimento, além do medo e da fraqueza. O ES, diz ainda São Basílio, foi para Jesus durante a vida terrena “o companheiro inseparável”, e quer sê-lo também para nós.
Se a fraqueza pode dar ensejo a que se faça a experiência da força do Espírito, a solidão pode dar azo e estímulo a que se faça a experiência deste doce hóspede. Aos olhos da fé, ninguém está verdadeiramente só no mundo.

Contribuição: Saulo 
G.O Vida Nova