terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ensinamento da Palavra – Qual o tamanho do Amor de Deus?



    Durante a nossa caminhada, provavelmente em algum momento já paramos para pensar nessa pergunta que inicia a nossa reflexão e tentamos medir ou comparar de alguma forma o Amor de Deus a outro amor, mas no final não conseguimos explicar nem dizer qual é o tamanho desse Amor.
    O apóstolo Paulo vem nos falar exatamente desse Amor que conduz as nossas vidas, então vamos ler Ef 3, 14-21 e sentir através das Palavra de Deus o Seu infinito Amor por nós. Peça a Ele que conduza todo esse momento e fale ao seu coração durante o diálogo entre você e a Palavra Dele.
 
    Nos primeiros versículos, percebemos a súplica de São Paulo que pede em oração ao Pai que todos sejam fortalecidos pelo poder do Espírito Santo, para que a cada dia se renove a graça de Deus em suas vidas. Logo depois ele pede que Cristo habite em cada coração, pela FÉ, para que todos possam sentir qual a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do Amor de Deus por cada filho, e afirma que esse Amor desafia todo o conhecimento humano. 
Essa oração não é apenas para aqueles que o apóstolo escreveu, mas deve ser feita também por cada um de nós, pedindo todos os dias o Espírito Santo e, já que não podemos compreender pela razão o tamanho do Amor Dele, que possamos sentir todos os dias a infinidade desse verdadeiro e único Amor.

    Já nos dois últimos versículos, a Palavra fala do próprio Deus, que é capaz de fazer “infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou entendemos”, e por isso devemos sempre louvar e glorificar esse Pai que é Amor.
   
 Aí está o grande mistério do Amor de Deus: é impossível encontrar qualquer amor semelhante aqui na terra, por isso que nossa mente não consegue compreendê-lo, então, o segredo da felicidade é estar com o coração voltado para o céu, para sentir esse imenso Amor a nos guiar durante toda a nossa vida.


Que a Palavra do Senhor nos ajude a perceber Seu Amor a cada instante das nossas vidas!!!


Por Emílio  Mp Vida Nova

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ensinamento da Palavra – Fortaleza de Jó




Na Bíblia, entre várias histórias interessantes e cheias de ensinamentos, encontramos uma que serve de exemplo a todos nós que buscamos viver o amor e a santidade nas nossas vidas. É o exemplo de Jó, um servo fiel e temente a Deus, que apesar de toda angústia e sofrimento, no final soube reconhecer a grandeza de Deus e as maravilhas que só Ele faz.

    Refletiremos a passagem que fica em Jó 1, 6-21, para entendermos o início dessa bela história, que com certeza nos ajudará a enxergar a vida de um modo diferente. Antes de começar, peçamos a Deus a graça de poder colocar em prática nas nossas vidas tudo aquilo que aprendemos com a Palavra Dele. Lembremos também que é muito importante nesse momento estar com a Bíblia nas mãos, para poder entender melhor o que vamos comentar e escutar a voz do nosso Pai.

    Já nos primeiros versículos, algo que parece inusitado acontece, Satanás aparece entre os filhos de Deus e começa a conversar com Ele. Nessa conversa, podemos notar que o inimigo nem toca no nome de Jó, mas sim Deus que comenta a fidelidade do seu servo. Então imagine o tamanho da felicidade que Ele tinha ao dizer o quanto seu servo era bom e de coração reto. Da mesma forma acontece conosco, o Senhor ama profundamente aqueles que buscam ser bons e tementes a Ele e bem fala de nós, assim como um pai orgulhoso por algo que o filho faz, e comenta com todos o feito do filho. Mas Satanás, astuto como é, já sabia que Jó era um servo íntegro, mas diz que ele só vive dessa forma por causa das riquezas que possui, então o Senhor, muito mais inteligente, diz ao inimigo que pode tirar tudo de Jó, só não podia tirar sua vida.

    A partir daí, do versículo 13 ao 19, uma série de desastres acontecem na vida de Jó, ele perde todo o seu rebanho, seus escravos e também a sua família. Agora nos imaginemos no lugar dele, um servo bom e fiel, que seguia os caminhos do Senhor, e praticamente ao mesmo tempo perde tudo o que possuía, qual seria a nossa reação nessa situação? Independentemente da nossa resposta, que possamos aprender o belo exemplo que Jó nos deixa nos dois últimos versículos, em que ele bendiz o nome do Senhor, pois ele confia que se tudo isso foi tirado da sua vida, foi porque era vontade de Deus.

    Se continuarmos a leitura do livro de Jó, veremos que o sofrimento dele continuou por algum tempo, e ele se queixa e amaldiçoa o dia em que nasceu. Da mesma forma acontece na nossa vida quando não entendemos que a vontade de Deus para nós é que passemos por tudo isso, para que depois de toda dor e sofrimento possamos dizer assim como Jó no capítulo 42, 5: “Meus ouvidos tinham escutado falar de ti, mas agora meus olhos te viram.”

    Que a Palavra do Senhor nos torne sempre mais fortes e fiéis à vontade do Pai!!!

Por Emílio MP Vida Nova!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

"A lógica de Deus é sempre outra com relação à nossa"

Queridos irmãos e irmãs!

No nosso caminho pelo Evangelho de Marcos, domingo 23 de setembro, entramos na segunda parte, ou seja, na última viagem para Jerusalém e para o climax da missão de Jesus. Depois de que Pedro, em nome dos discípulos, professou a fé Nele reconhecendo-o como o Messias (cfr. Mc 8, 29), Jesus começou a falar abertamente sobre o que lhe acontecerá no final. O Evangelista narra três sucessivas predições da morte e ressurreição, nos capítulos 8, 9 e 10: nesses Jesus anuncia de modo cada vez mais claro o destino que o aguarda e a sua intrínseca necessidade. A passagem desse domingo contêm o segundo destes anúncios.

Jesus diz: “O Filho do homem – expressão com a qual se auto denomina – será entregue nas mãos dos homens e o matarão; mas, uma vez morto, depois de três dias ressuscitará” (Marcos 9, 31). Os discípulos “porém não entendiam estas palavras e tinham medo de interrogá-lo” (v. 32).

Na verdade, lendo esta parte da narração de Marcos, fica evidente que entre Jesus e os discípulos há uma profunda distância interior; encontram-se, por assim dizer, em dois patamares diversos, de tal forma que os discursos do Mestre não são compreendidos, ou o são somente superficialmente. O apóstolo Pedro, logo após ter manifestado a sua fé em Jesus, se permite corrigi-lo porque tinha previsto a rejeição e a morte. Depois do segundo anúncio da paixão, os discípulos começam a discutir entre eles quem era o maior (cfr. Mc 9, 34); e depois do terceiro, Tiago e João pedem a Jesus para poder sentar à sua direita e à sua esquerda, quando estiver na glória (cfr. Mc 10, 35-40). Mas existem vários outros sinais desta distância: por exemplo, os discípulos não conseguem curar um menino epiléptico, que em seguida, Jesus cura com o poder da oração (cf. Mc 9,14-29); ou quando apresentam para Jesus crianças, os discípulos as censuram, e Jesus ao contrário, indignado, diz para eles permanecerem e afirma que somente quem é como eles pode entrar no Reino de Deus (cfr. Mc 10,13-16).

O que tudo isso nos diz? Nos lembra que a lógica de Deus é sempre "outra" com relação à nossa, como revelou Deus mesmo por boca do profeta Isaías: "Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, /os vossos caminhos não são os meus caminhos" (Is 55, 8). Por isso, seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no modo de pensar e de viver, requer abrir o coração à escuta para deixar-se iluminar e transformar interiormente. Um ponto-chave em que Deus e o homem se diferenciam é o orgulho: em Deus não há orgulho, porque Ele é total plenitude e é completamente voltado para amar e doar a vida; em nós homens, no entanto, o orgulho está profundamente enraizado e requer constante vigilância e purificação. Nós, que somos pequenos, desejamos ser grandes, ser os primeiros, enquanto que Deus não teme abaixar-se e fazer-se o último. A Virgem Maria está perfeitamente “sintonizada” com Deus: invoquemo-la com confiança, para que nos ensine a seguir fielmente a Jesus no caminho do amor e da humildade.

Santo Padre Bento XVI dirigiu aos fiéis reunidos em Castel Gandolfo na oração do tradicional Ângelus.
http://www.rccbrasil.org.br/espiritualidade-e-formacao/index.php/artigos/840-qa-logica-de-deus-e-sempre-outra-com-relacao-a-nossa